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Tire um tempo para se adaptar

Tire um tempo para se adaptar

#burnout#pessoal#cotidiano#dicas
por vítor norton, em 05/05 às 00h00

Tire um tempo para se adaptar

Este é mais um texto sobre imediatismo. Está com a síndrome do imediatismo e não quer ler? A conclusão deste texto é simples: dê tempo para se adaptar. Quer fugir dessa síndrome do século XXI? Vamos lá!
Os últimos meses foram conturbados, de uma maneira positiva, mas ainda sim conturbado. Comecei a dar aulas todos os dias, incluindo aos sábados. O ano teve quatro meses completos e cada mês estive em uma empresa diferente. O caos reinou aqui em casa. Já não sabia se era Exame admissional ou demissional, os exames que eu precisava fazer já nem sabia para onde olhar. Como diria um tal de Luciano: “loucura, loucura, loucura!”.
Mas não só a agenda estava apertada, não tendo às vezes nem horário para comer, a quantia de dinheiro entrando no mês… Claro, troquei de trabalho para receber bem mais que no antigo trabalho, porém desde que pedi demissão (fevereiro) e vim para o mundão dos que correm atrás de emprego, até agora (abril) ainda não recebi o meu salário integral. Na verdade, não vou receber até junho. Quase 5 meses sem receber o valor completo do meu salário, está tudo bem, claro, me organizei, porém isso me capa de algumas coisas. Mas isso também significa que fiquei um tempo sem o Vale Alimentação/Refeição, isso sim foi desesperador!
Não só isso, desde o fim do ano passado, meses antes de eu pedir desligamento, o plano de saúde da empresa mudou. Já ia pedir um exame quando mudou, falei comigo mesmo “não adianta pedir agora, porque daqui a pouco já estou fora da empresa”. Estava certo, eu não cheguei a pedir o exame, mas cheguei a fazer algumas consultas que simplesmente não tive o tempo hábil dentro da empresa para pedir o reembolso, foi do meu bolso mesmo que paguei sessões caras de terapia e psiquiatria. Quando entrei em outra empresa e o plano de saúde foi ativado, já sabia que em 15 dias dali para a frente estaria dando meu aviso prévio.
Finalmente, depois de 5 meses, agora estou numa empresa estável, com plano de saúde ativo, e posso ir atrás dos exames e de tudo o que eu preciso, sem me preocupar tanto – e principalmente, sem pagar do bolso o que deveria ser reembolsado.
Esse caos todo se instalando na minha vida e BUM! Casamento para ir lá em Minas Gerais, o que é 800km de distância de onde estou. Viajar, fazer malas, mais um caos. Teria que sair uma semana após iniciar no novo trabalho e um dia antes do MVP Summit, da Microsoft. “Uma semana após iniciar o novo trabalho… hmm, mas e se o notebook da empresa não chegar até lá, e se eu precisar ir à empresa, não faço ideia de como será essa contratação, e ainda tem o exame de desligamento da antiga firma”. Não, não dará para ir ao casamento. Sorry prima, fica para o próximo casamento – mas espero que este seja único, duradouro e feliz!
Problema resolvido. Minha mente, cheia de datas, então vamos escrever aqui elas em ordem cronológica:
  1. Fevereiro
    1. Estive em Minas, cheguei em São Paulo pedindo demissão.
    2. Iniciei um trabalho novo no mesmo dia que começo a dar aulas.
    3. Terceira dose, merda peguei COVID.
  1. Março
    1. Primeira maratona de aulas se encerra na metade do mês
    2. Finalizei em uma empresa
    3. Iniciei uma pós-graduação
    4. Microsoft MVP Summit
    5. Viagem para Campinas
    6. Renova CNH, Passaporte e um monte de documento
  1. Abril
    1. Começa nova faxineira aqui em casa toda semana
    2. Agora sim, terceira dose.
    3. Nova empresa
    4. Show de lançamento do álbum do Zeeba, tenho que ir!
    5. Estreia de Animais Fantásticos – e quero muito ir ao cinema.
    6. Amigo se mudando para o exterior, preciso despedir!
    7. Evento de tech!
  1. Maio
    1. Segunda maratona de aulas se iniciando
    2. Estreia de Doutor Estranho – e quero muito ir ao cinema.
  1. Junho
    1. Finalmente meu salário integral chega.
    2. Terminando a segunda maratona de aulas.
Ok, início de ano cheio de eventos, mal consigo respirar e BUM! Novo casamento, agora no final de abril. Tentei encaixar de tudo que é forma ir para o Espírito Santo, não consegui. Se eu for vou ficar duas semanas sem faxina em casa, o que normalmente não é problema, mas seriam as duas primeiras semanas da faxineira. A casa está séculos sem uma faxina, então se ela não vier eu vou ter que faxinar, o que de novo não é problema, mas eu tenho que trabalhar e dar aula e um monte de coisa. Hotel, transporte, mil reais só nessa brincadeira. Que mais? Presente de casamento! Ah! Desisto, ainda não recebi meu salário inteiro, não posso me comprometer assim. Por estes e outros motivos, desculpa Bruno, não vou conseguir ir ao teu casamento. O que me deixa hiper mega triste, sério.
Mas aí que está, esse é o ponto do texto. O mês de abril eu tirei para ser um mês de adaptação. Adaptação da faxineira aqui em casa, do novo salário, finalmente consigo ir ao mercado e comprar as coisas aqui para casa, estava desde dezembro sem nada, zerada, vazia. Um mês em que falei que não iria me cobrar nem vender meu tempo a nenhum freela. Um mês só para deixar as coisas se assentarem.
Claro que queria ir ao casamento e aproveitar e visitar minha família em Minas Gerais, mas se eu fosse, eu saberia que não ia ter um minuto para respirar direito sem estar pensando no que faria no próximo dia. Não descansaria, e pior, o sentimento que tive até aqui de que o ano passou rápido demais e eu nem vi, ia se estender até final de junho. E convenhamos, de abril até final de junho certamente aparecerá mais coisas a se fazer. Eu precisei deste mês, precisei deixar o stress abaixar, focar em fazer os módulos da pós-graduação, responder aqueles e-mails perdidos, dar uma arrumada boa na casa, consertar aquele móvel que está com o parafuso meio solto etc.
Mesmo assim, tentei fazer lives todas terças e quartas. Só consegui o primeiro dia. Bom, agora, dia 10 de abril, escrevo esse texto para postar só mais para a frente, quando irei iniciar as aulas e definitivamente não terei tempo de escrever, mas olha só: já deixei preparado. Quanto orgulho! Quanto orgulho de não procrastinar (a pilha de coisas para fazer que está do meu lado me julgando só com um olhar). Bom, encerro aqui.
A dica final fica sendo esta: A ansiedade não deixa, né meus amigos? Nada é imediato, é preciso entender isso. Pare, respire, deixe as coisas acontecerem, não pire. Se você acontecer as coisas então 2022 vai passar voando e você nem verá. Se acalma, deixa as coisas se assentarem.