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#UmAnoAtras – Preparação, corre que dá certo!

#UmAnoAtras – Preparação, corre que dá certo!

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por vítor norton, em 21/04 às 00h00

#UmAnoAtras – Preparação, corre que dá certo!

É possível resumir o mês de abril do ano passado em uma palavra: Correria. Sério, sem brincadeira. Você já deu uma olhada nos prazos para conseguir agendar um passaporte? E para ele estar pronto? Isso sem falar do visto.
Cachoeiro de Itapemirim, dia 30 de março. Faço a ligação para falar com os meus pais e meus melhores amigos sobre a viagem. Por um lado, todos comemoram,  por outro, a preocupação invade qualquer sensação. Meus pais haviam passado pelo processo de retirada de passaporte em Cachoeiro, e levou semanas, se não meses, para poderem ir até a Polícia Federal fazer o documento. Ganhei a viagem, e ela seria dia 21 de abril. Apenas 22 dias corridos, e havia três feriados no meio termo, sendo dois prolongados. Fazer o passaporte em Cachoeiro seria impossível. Fomos até Vila Velha, onde havia a possibilidade de fazer o passaporte no dia primeiro de abril.
Cachoeiro de Itapemirim, dia 31 corremos para pegar todos documentos que precisava, inclusive os que estavam na minha cidade natal, duas horas de distância de Cachoeiro. A correria também foi grande para poder mandar um fax para a Microsoft com minha assinatura dizendo que eu aceitava o prêmio. Imagine que, já é difícil encontrar um fax, ainda mais um funcionando.
Vila Velha, 1º de abril. Acordei era madrugada, o horário em Vila Velha era o mais cedo possível. 10 horas. Sai de Cachoeiro e fui para lá, ainda esperei algumas horas no shopping de lá, que estava fechado. O processo do passaporte foi o mais simples de todos, mas isto não quer dizer que eu não estava preocupado. O passaporte demora alguns dias úteis, mais do que eu podia esperar.
Vila Velha, 8 de abril. O passaporte ficou pronto. Aliais, o passaporte iria estar pronto no dia seguinte, mas resolvemos [eu e meu pai] dar uma de João sem braço com a Polícia Federal e ir em Vila Velha assim mesmo. Passaporte na mão. E aqui está uma coisa bem maluca, se não tivéssemos arriscado em ir atrás do passaporte mais cedo que o recomendado, não conseguiria ir na viagem.
Cachoeiro, 8-9 de abril. DS 160. Só quem já foi aos Estados Unidos sabe como é. Um formulário enorme com perguntas fáceis como: ou “Você é um terrorista?” ou “Você sabe manusear bombas?” ou “Você tem intenção de atacar os Estados Unidos da América?”, perguntas difíceis, como: “Qual o dia, mês e ano da sua formatura do ensino infantil?” e perguntas que eu não tinha a resposta mas consegui assim mesmo, como: “Hotel em que ficará?”, “Quais os voos que será utilizado?”, entre outras.
Com tudo isto respondido, agora a questão é: Consulado. Conseguimos agendar para o dia seguinte (dia 10) o CASV. O processo para o recebimento do visto americano é em duas etapas, CASV e Consulado. Você fica tenso em ambas. Embarco para o Rio de Janeiro no dia 9 de abril as 17:35.
Rio de Janeiro, 10 de abril. As 10 horas da manhã o processo do CASV estava concluído.
Consulado Americano, 13 de abril. Sabe, a menos que você seja um alien, se você foi ao consulado, sabe como é. É um rito. Uma passagem para um novo estilo de vida. Pontualíssimos, organizadíssimos, com muita segurança e muita criatividade. Digo isso pois não sei de quem foi a ideia de não permitir entrar com celulares ou qualquer eletrônico do tipo. Provavelmente só para te deixar mais tenso. Sua vez vai chegando e você vai escutando as histórias de pessoas que não conseguiram o visto, não importava o quê. Energia positiva? Duvido um hippie estar positivo em uma hora dessas. Sou ansioso. Morri de medo. Eu tinha uma carta da Microsoft, e ainda sim estava preocupado. Hoje eu sei que é tranquilo, mas na hora, na primeira vez, com quase ninguém para te falar como é?. Eu sei que foi um dia tenso, principalmente porque você sabe que se você der um mero deslize, iria perder a oportunidade da sua vida. Por mero deslize eu digo, mas não limitado a: sussurrar bem baixinho a 12 km do consulado a palavra bomba.
Tive medo de serem feitas perguntas que eu não sabia, de pedirem documentos que eu não tinha, mas não. Poucas perguntas, nenhum documento pedido. Visto concedido. O passaporte ficou com eles. Como eu não acreditei, e não consegui ouvir direito o cônsul dizer “Visto concedido”, eu saí do local meio tonto e me perguntando o que acabará de acontecer. Demorei alguns segundos para entender. Viva! Eu iria para os Estados Unidos! Ainda não. Eu precisava pegar o passaporte.
Lendo assim parece que não foi tão corrido. Mas duvido que você consiga um passaporte e um visto em apenas 13 dias corridos. O prazo de um deles é 20 dias úteis.
CASV, 14-15 de abril. E vamos dar uma de João sem braço de novo. O CASV iria me mandar um e-mail quando o visto estivesse pronto, mas, como não tinha tempo, fui até eles na manhã do dia 14, a mulher supersimpática disse para voltar à noite, pois a entrega dos vistos é feita nessa hora, e se o meu já estivesse sido cadastrado poderia levar àquela hora. Dia 15 voltei lá, e peguei o passaporte com o visto. Agora sim, ninguém poderia tirar a viagem de mim.
Espera Feliz, 21 de abril. É chegada o dia. Ansioso como de costume, não consegui dormir. O avião irá decolar as 23:15. DL60. Rumo a Atlanta. Rumo a terras não-tupiniquins. Rumo aos Estados Unidos da América. O melhor dia de todos. 10 da manhã já estava na estrada a caminho do Galeão. No meio do caminho, uma parada para descansar e arrumar as últimas coisas que faltavam. E foi-se o dia.
Moral da história: As coisas acontecem quando a oportunidade alcança quem está preparado, ou quem está interessado verdadeiramente a fazer o que for preciso. Foram 7 viagens feitas no período de 1-15 de abril, foi preciso ir contra todos que estavam dizendo ser impossível, contra prazos. E pedir aqueles que você nem conhecia ajuda. Ainda há quem acredita que eu ter ido em uma viagem dessas foi sorte.